MEU DESAFIO: LANÇAR MINHA TERCEIRA OBRA PARA DEFICIENTES VISUAIS. É POSSÍVEL?

As cidades, as escolas, os cinemas, os prédios públicos, enfim, a sociedade brasileira está apta a servir e incluir os deficientes visuais no seu dia-a-dia?

No geral, a resposta é não.

Às vezes, até a própria família não se mostra preparada para viver com um deficiente visual. Na novela América, transmitida há alguns anos pela Rede Globo, a personagem Flor (vivida por Bruna Marquezine) não conseguia integrar-se à sociedade em razão da superproteção de sua mãe que não a via preparada para enfrentar o mundo.

Por que uma deficiência faz de alguém um cidadão diferente ou com menos direitos?

Essa pergunta parece absurda, mas a ausência de projetos de acessibilidade para os deficientes mostra que ela, muitas vezes, é verdadeira.

Porque me desafiei à isto, ou seja, montar um projeto para que minha terceira obra tenha fácil acesso e “ leitura” por um deficiente visual?

O diversos POST´s que realizo em meu Blog não ficam totalmente estáticos e passivamente aguardando a leitura por um internauta, mas a cada um deles que são publicados, mais de 10.000 pessoas recebem o aviso ou o próprio POST em suas caixas postais de e-mails, sendo que alguns, por volta de 400 , recebem de forma instantânea logo após a publicação e os demais através de um “robô” que mantenho para levar a informação aos diversos cadastros de leitores e ou simpatizantes de minhas obras que mantenho.

Em um desses e-mails que envio, tive a grata surpresa de receber um retorno da internauta “Andrea” ( Não identificarei o nome completo pois não tenho autorização ), e em sua resposta ela me indagou sobre o que penso em fazer para deficientes visuais. Isso me caiu como uma bomba em meus pensamentos e meus ideais humanitários. A Andréa, muito simpática em suas palavras, de imediato fez com que percebe-se a sua Deficiência Visual, e com uma presteza sem tamanho, me indicou e me orientou em várias formas de atender os DV´s pelo Brasil que hoje estima-se serem mais de 2.000.000 de cidadãos.

Observando a facilidade como a Andréa entende meus e-mails e os seus textos respondidos nos e-mails de retornos, a tecnologia disponível hoje para atender os DV´s está altamente avançada, porém, pouco explorada, e isso eu comprovo com um teste que realizei na Demonstração de um programa que de forma automática interpreta um determinado texto e através de uma voz sistematizada e adequada ao idioma Português – brasileiro, faz a leitura do texto e grava a audição em arquivos no formato MP3. Ainda estou quebrando a cabeça como nunca para atingir a qualidade merecida na audição, mas acredito conseguirei atingir o objetivo.

Minha Obra está dividida em 33 capítulos, sem contar as páginas dedicadas à Prefácio , Agradecimentos e Introdução, resultando em mais de 490 páginas que proverá uma leitura agradável e instigante ao Leitor, abordando temas insólitos maçônicos que  com certeza trará à baila a desmitificação da Organização Maçônica, em uma linguagem simples e esclarecedora que será inteligível por toda a sociedade.

Assim sendo, meus leitores, e com a ajuda da “ Andréa” que vem testando minhas gravações sistematizadas do Livro ( Começamos os testes ontem dia 26/08 ), conseguirei atingir o meu propósito, realizando a gravação em MP3 de forma sistematizada das mais de 490 páginas do Livro, e quem sabe, poder levar o fruto de meus pensamentos e reflexões à mais de 2.000.000 de pessoas em nosso Brasil que ainda não possuem , que eu conheça, uma obra deste segmento com acessibilidade à deficientes visuais.

Muitos se preocupam com os Direitos Autorais que podem ser feridos, pois a circularização de Arquivos Digitais em MP3 é de grande facilidade, porém, creio e acredito,  que a sociedade brasileira está melhorando e conscientizando-se cada vez mais acerca dos Direitos e Deveres de cada um. 

Em minhas reflexões, procurei refletir sobre o que disse a cidadã e Educadora Elizabete Dias de Sá, Coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual de Belo Horizonte:

  (…) é preciso promover mudanças estruturais para provocar mudanças de mentalidades e vice-versa. É preciso criarmos ambientes favoráveis e acolhedores que operem positivamente na formação de mentalidades, de valores e de princípios que incorporem as diferenças como condição natural do ser humano e não como deformação ou negatividade.  É necessário que se trabalhe em cima das potencialidades dos indivíduos e não sobre suas incapacidades ou impedimentos. (…)

Que assim, Deus me ajude!!!

“O ESCRITOR MAÇOM”